ATA DA TRIGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 28-4-2011.
Aos vinte e oito dias do mês de abril do ano de dois
mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi
realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Aldacir José Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elias
Vidal, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Pedro Ruas, Professor Garcia, Sofia
Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, a senhora
Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Beto Moesch, Elói Guimarães,
Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, João Carlos Nedel, Luciano
Marcantônio, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir
Tessaro, Nilo Santos, Sebastião Melo, Toni Proença e Waldir Canal. À MESA, foi encaminhado,
pelo vereador Elói Guimarães, o Projeto de Lei do Legislativo nº 043/11
(Processo nº 1451/11). Também, foi apregoado o Memorando nº 021/11, de autoria
do vereador Paulinho Rubem Berta, deferido pela senhora Presidenta, solicitando
autorização para representar externamente este Legislativo, hoje, em atividades
de preparação da festa de aniversário do Conjunto Residencial Rubem Berta, a
ocorrer no dia trinta de abril do corrente, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE,
constaram: Ofício s/nº, da senhora Eveline Borges Streck, Presidenta do Centro
de Reabilitação São João Batista; e Ofício nº 019/11, do deputado estadual
Cassiá Carpes, Presidente da Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as
Atas da Vigésima Primeira, Vigésima Segunda, Vigésima Terceira, Vigésima
Quarta, Vigésima Quinta, Vigésima Sexta, Vigésima Sétima, Vigésima Oitava,
Vigésima Nona e Trigésima Sessões Ordinárias e da Primeira e Segunda Sessões
Solenes. Após, a senhora Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA
POPULAR, à senhora Elisandra Pezzetta, Presidenta da Liga Homeopática do Rio
Grande do Sul, que discorreu sobre a importância da divulgação e uso da
homeopatia como especialidade médica, veterinária, odontológica e farmacêutica.
Também, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Professor Garcia,
Pedro Ruas, Aldacir
José Oliboni, Nelcir Tessaro, Dr. Raul Torelly e Toni Proença
manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. A seguir,
o senhor Presidente concedeu a palavra, para considerações finais sobre o tema
em debate, à senhora Elisandra Pezzetta. Às quatorze horas e quarenta minutos,
os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas
e quarenta e um minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, pronunciou-se o vereador João Antonio Dib. Em COMUNICAÇÕES,
pronunciaram-se os vereadores Engenheiro Comassetto, Sebastião Melo, este em
tempo cedido pelo vereador Mario Fraga, Pedro Ruas, este em tempo cedido pela
vereadora Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, este em tempo cedido pelo
vereador Haroldo de Souza, João Antonio Dib e João Carlos Nedel. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Toni Proença, Aldacir José Oliboni, Airto Ferronato e
Elói Guimarães. Durante a Sessão, os vereadores Carlos Todeschini, Aldacir José
Oliboni, Sebastião Melo e João Antonio Dib manifestaram-se acerca de assuntos
diversos. Às quinze horas e cinquenta e três minutos, constatada a inexistência
de quórum, em verificação solicitada pelo vereador Mauro Zacher, a senhora
Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores
para Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram
presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá, Toni
Proença e Adeli Sell e secretariados pelos vereadores Toni Proença e Adeli
Sell. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será
assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Srª Presidente, o meu painel não está funcionando. Peço que o seu
conserto seja encaminhado ao serviço de manutenção.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia
Cavedon): Está registrado, assim o faremos.
Solicito ao Ver. Adeli Sell que secretarie os trabalhos para a leitura das
proposições e do material encaminhado à Mesa.
(O Ver. Adeli Sell procede à leitura
das proposições encaminhadas à Mesa.)
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada,
Ver. Adeli Sell. Ver. Aldacir Oliboni, escuto Vossa Excelência.
O
SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre
Presidente, eu queria fazer um registro para V. Exª e para a Casa de uma forma
geral. Hoje foi o dia do meu plantão no quiosque da Câmara junto ao Mercado
Público. Além de não haver nenhum funcionário lá, também está, de certa forma,
incompleta a reforma. Sei que está prevista a sua inauguração para amanhã, mas
não foi colocado nenhum tipo de assoalho, há um tapete rasgado, enfim, o
ambiente lá está desagradável, e acho que é a imagem da Câmara que não está
bem. Gostaria que V. Exª tomasse providências, porque até amanhã não sei se há
tempo ainda.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Oliboni, registro a sua informação.
Primeiro, parabenizo-o por cumprir a nossa tabela. O quiosque está em reforma,
e hoje V. Exª esteve presente lá no meio da obra. Acredito que não haja
condições de os nossos funcionários ficarem lá, mas verificaremos por que não
havia um funcionário para acompanhá-lo. De fato, hoje pela manhã, recebi o
informe - ainda ontem fui ver, estava acompanhando - de que a empresa que
contratamos não completará o trabalho em tempo. Então, estaremos mandando um e-mail, dizendo que teremos que fazer a
inauguração do nosso estande na semana que vem, para garantirmos que a obra
esteja completa. Já estamos comprando um frigobar; já acionei a PROCEMPA, porque o
nosso terminal lá não está bom. Já estamos desencadeando, Ver. Idenir Cecchim,
a sua ideia de termos uma TV e NET para o acompanhamento da Sessão, para que
possa ser transmitida lá no Mercado. Nós também vamos discutir melhor a questão
da organização daquele espaço, Ver. Oliboni, com os setores da Casa; ele está
muito na responsabilidade só da Ouvidoria, e, na verdade, é um espaço da Casa,
tem que estar organizado num setor. Na segunda-feira, na reunião de Mesa, nós
vamos organizar isso, para que ele esteja sempre impecável, para ser um cartão
de visita da Câmara de Vereadores. Então, está muito bem observado.
Passamos à
A
Drª Elisandra Pezzetta, representando a Liga Homeopática do Rio Grande do Sul,
está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos, para tratar de assunto
relativo à Homeopatia como especialidade médica, veterinária, odontológica e
farmacêutica.
A SRA. ELISANDRA PEZZETTA: Primeiro, eu
quero agradecer ao Ver. Garcia pela oportunidade de falar a respeito da Liga
Homeopática do Rio Grande do Sul e sobre homeopatia. Eu sou médica veterinária
homeopata, Presidente da Liga Homeopática do Rio Grande do Sul.
A
Liga Homeopática do Rio Grande Sul é uma instituição sem fins lucrativos, que
tem como objetivo a congregação de pessoas interessadas na divulgação, prática
e ensino da homeopatia. É considerada de utilidade pública, foi fundada em 17
de abril de 1941, completando, portanto, 70 anos nesta Cidade. A instituição
sobrevive do trabalho voluntário de médicos e veterinários no atendimento à
população. Atinge um público que não tem acesso às consultas homeopáticas
particulares e nem a planos de saúde, oferecendo consultas a valores
acessíveis. Atende gratuitamente a pacientes de algumas instituições de
assistência social: Pastoral do bairro Glória, Pastoral Menino Deus e Asilo
Padre Cacique. Tem também parcerias com outras instituições de saúde e convênio
com conceituadas farmácias homeopáticas de Porto Alegre. Essas farmácias, por
sua vez, oferecem desconto de 20% no medicamento com receituário da Liga e
isenções para pacientes de baixa renda.
Atualmente, seu corpo clínico compõe-se de onze
médicos e oito veterinários homeopatas. Possui, além da recepção, três salas
equipadas para atendimento médico, biblioteca de livros e periódicos
especializados em homeopatia, tem também o anexo com sala para atendimento
veterinário e um amplo jardim. Localiza-se na Av. Getúlio Vargas, nº 169, no
bairro Menino Deus, com sede própria; seu horário é de segunda-feira a
sexta-feira, em horário comercial, conforme o agendamento prévio pelo telefone
3228-0915, conforme a disponibilidade dos profissionais voluntários. Notícias,
eventos e outras informações podem ser acessadas pelo nosso site:
www.ligahomeopaticars.com.br.
A Liga, como carinhosamente é chamada pelos
profissionais, vizinhos e usuários, passou recentemente por uma reforma da
sede, e sobreviveu a essas sete décadas graças à paixão, a abnegação e o
interesse comum em possibilitar o acesso a essa prática terapêutica secular,
porém ainda pouco conhecida.
A homeopatia é uma importante arma na melhoria da
qualidade de vida da população; poucos locais públicos possibilitam o seu
acesso, mas quem já a experimentou, depõe favoravelmente ao vivenciar os seus
inegáveis benefícios. O medicamento homeopático não tem efeito tóxico e pode
ser administrado concomitantemente com outros tratamentos convencionais.
Com todas essas vantagens, a Homeopatia, que no
Brasil é uma especialidade médica, veterinária, odontológica e farmacêutica
reconhecida pelos respectivos conselhos federais, ainda tem que lutar contra o
preconceito científico.
Certamente a Homeopatia carece de mais estudos
clínicos, porém, mais que isso, carece de interesse por parte da indústria
farmacêutica em financiar um esquema terapêutico que produz mais benefício do
que lucro.
Voltemos aos primórdios da nossa Instituição:
corria o ano de 1941; poucos médicos se declaravam homeopatas, entre os quais o
Dr. David Castro, pernambucano de nascimento, formou-se em Medicina na Bahia e
em Homeopatia na Cidade do Rio de Janeiro. Ao instalar-se ao Rio Grande do Sul,
por sugestão do Dr. Galhardo, pois achava que aqui era um campo fértil para a
homeopatia, reuniu adeptos e fundou a Liga Homeopática do Rio Grande do Sul.
Confeccionado, então, o estatuto, foi eleita a primeira diretoria; partiu,
imediatamente, para a divulgação junto ao grande público. Inicia com palestras
radiofônicas semanais na Rádio Farroupilha, além de crônicas no Diário de
Notícias e no Correio do Povo, sempre com o apoio da Farmácia Homeopática Luiz
G. Klein.
A partir da doação de um terreno pela firma Irmãos
Bernardi, inicia-se a construção do primeiro dispensário homeopático no Passo
da Areia. Foram três dispensários em Porto Alegre: o número 1, em 1942; o
número 2, em 1944 e o número 3, em 1952. Todos foram considerados de utilidade
pública, tanto em nível federal, quanto estadual e municipal.
Foi inaugurado o primeiro monumento à Homeopatia em
praça pública na América do Sul: a herma de Hahnemann, no Parque Farroupilha,
comemorando o centenário da morte do fundador da Homeopatia. Também ocorreu, em
Porto Alegre, o 1º Congresso Sul-Americano de Homeopatia. Realizou-se o 4º
Congresso Brasileiro de Homeopatia, juntamente com a inauguração de outra
herma, no Parque Farroupilha, em memória ao Dr. Licínio Cardoso; tudo isso por
iniciativa da Liga Homeopática do Rio Grande do Sul. Ainda por apoio da Liga,
houve a inauguração de um monumento na Cidade de Lavras do Sul.
O Dr. David Castro representou a Liga em diversos
congressos brasileiros, nos Estados Unidos e na Europa, difundindo a Homeopatia
gaúcha pelo mundo. O Boletim da Homeopatia, órgão oficial da Liga, foi
publicado regularmente de 1941 a 1963, totalizando 186 números publicados.
Inicialmente, chamava-se Revista Homeopática, mas, por não haver anúncios,
voltou a se usar o termo Boletim Homeopático.
Em 1959, a Liga apresenta moção, aprovada por
unanimidade no 7º Congresso Brasileiro de Homeopatia, criando o Dia da
Homeopatia no Brasil, a ser comemorado sempre no dia 21 de novembro, data da
chegada de Benoit Mure, médico homeopata francês que veio ao Brasil com a
função de divulgar a homeopatia, em 1840.
No decorrer de 1961, realiza-se em Porto Alegre o
2º Simpósio Latino-Americano de Homeopatia. Na década de 70, recomeça o
atendimento médico dos dispensários homeopáticos, pelo Dr. Arno Caye. Durante
muito tempo, essa magnífica obra social ressentiu-se da falta de médicos
homeopatas que se dispusessem ao trabalho voluntário. O Dr. David Castro tentou
diversas estratégias para suprir essa carência, mas isso só foi possível quando
a Liga passou a servir de sede para a prática da Homeopatia como especialidade
médica, a partir dos anos 80.
Diversos homeopatas se sucederam na diretoria da
Liga, mantendo até hoje a instituição, que já pode ser considerada um
patrimônio da cidade de Porto Alegre e um ícone da resistência homeopática.
Segundo o depoimento do Dr. Hilton Luz, médico
homeopata do Rio de Janeiro: “Um projeto valioso que sobrevive em meio a um
deserto de iniciativas análogas, voltadas tanto para o
propósito de educar e difundir a Homeopatia para o público leigo e
profissional, quanto para a garantia de acesso à assistência homeopática para a
população em desvantagem econômica e social”.
Finalizando,
solicitamos a inclusão do Dia Nacional da Homeopatia, 21 de novembro, no
Calendário Oficial de Eventos de Porto Alegre, por ser uma data escolhida
durante um congresso brasileiro, por sugestão da Diretoria da Liga Homeopática
do Rio Grande do Sul.
Eu quero ressaltar
que, todos os anos, no dia 21 de novembro, a comunidade homeopática comemora a
data, levando flores ao monumento de Hahnemann no Parque Farroupilha; promove
passeatas, distribui panfletos para esclarecimento da comunidade, promove
palestras e confraternização.
Mais uma vez,
agradeço a todos pela atenção. Obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Convidamos a
Srª Elisandra Pezzetta a fazer parte da Mesa.
O Ver. Professor
Garcia está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezado Presidente;
cara Drª Elisandra Pezzetta, Presidente da Liga Homeopática, eu falo em nome da
Bancada do meu Partido, o PMDB, dos Vereadores Idenir Cecchim, Sebastião Melo,
Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul e Haroldo de Souza. Eu quero, primeiramente,
parabenizar a Liga pelos seus 70 anos, e dizer que, cada vez mais, nós temos
que ajudar a difundir a Homeopatia como ciência, o que é muito importante, e também
porque, dentro deste mundo em que vivemos, além da questão científica, há
também a questão da contrapartida, por ser mais acessível para a população.
Então, em nome do
nosso Partido, queremos parabenizá-los, e, ao mesmo tempo, sempre nos colocar à
disposição para toda e qualquer atividade de divulgação da Homeopatia no nosso
Estado. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Pedro
Ruas está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. PEDRO RUAS: Boa-tarde, Ver. Toni
Proença, que preside os trabalhos; Drª Elisandra Pezzetta, os nossos
cumprimentos. Eu falo em nome do PSOL, em meu nome pessoal e no da Verª
Fernanda Melchionna, para cumprimentar a senhora e cumprimentar também o Ver.
Professor Garcia pela iniciativa muito feliz de promover esta Tribuna Popular.
Eu, particularmente, valorizo muito esse trabalho da Homeopatia e tenho
inúmeros relatos de conhecidos, parentes e amigos que tiveram um grande sucesso
em tratamentos dessa natureza. Mesmo sem ser um conhecedor, eu tenho admiração
e curiosidade. E mais, eu sei que isso está na contramão dos grandes interesses
dos megalaboratórios, e somente por isso já desperta a nossa simpatia. Além
disso, nós temos compromissos importantes e sérios - partidários e pessoais -
com a saúde do nosso povo, da nossa população, que está diretamente relacionado
com a sua capacidade aquisitiva. E o poder aquisitivo é compatível exatamente
com a homeopatia. Portanto, a sua ideia de termos, no dia 21 de novembro, o Dia
da Homeopatia aqui em Porto Alegre, com certeza, terá apoio do PSOL. E eu tenho
também a pretensão de falar em nome das outras Bancadas, nesse aspecto, dizendo
que teremos unanimidade na Casa. Meus parabéns, e conte conosco.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Obrigado, Ver.
Pedro Ruas.
O Ver. Aldacir José
Oliboni está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre
Presidente, saúdo também a nossa convidada do dia de hoje, a Drª Elisandra, da
Liga Homeopática do Rio Grande do Sul. Eu queria, além de parabenizá-la, e
todos os profissionais dessa área, dizer que eu posso ser uma testemunha muito
importante para a área em que vocês desenvolvem os seus trabalhos - a
Homeopatia -, pois eu me trato há três anos com um homeopata. Eu tinha um sério
problema de bronquite, de pressão alta - e eu acredito que isso foi hereditário
-, mas eu percebi que, com o trabalho de homeopatia, as crises de bronquite e
rinite alérgica foram amenizadas. Então, eu acabei simpatizando com a
homeopatia. E, hoje, o Dr. Paulo, da Clínica Sofia, é quem me dá essa receita,
e, de certa forma, o meu estado de saúde melhorou muito. Então, baseado nessa
referência e nesse meu testemunho pessoal, eu recomendei e recomendo a homeopatia
para alguns amigos, porque hoje é uma alternativa muito interessante. E vocês,
profissionais, sabem disso, e não é por acaso que alguns profissionais atuam ou
são formados nessa área; são testemunhos suficientes, pelo relato que tu
trouxeste aqui na Câmara, para realmente nós valorizarmos até mais esse tipo de
tratamento.
Baseado nesse
testemunho, em nome da Bancada do PT, eu quero parabenizá-los, desejando boa
sorte nessa caminhada, porque é mais uma forma de poder diagnosticar e resolver
o problema da população. Parabéns.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Obrigado, Ver.
Aldacir Oliboni.
O Ver. Nelcir Tessaro
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. NELCIR TESSARO: Sr. Presidente, eu
quero cumprimentar a Drª Elisandra Pezzetta, dizer da alegria de vê-la aqui, e,
em nome da Bancada do PTB, composta pelo Ver. DJ Cassiá, Ver. Elói Guimarães,
Ver. Nilo Santos, Ver. Alceu Brasinha e este Vereador, quero afirmar que também
sou testemunha e aprecio a homeopatia. Na minha família, meus filhos, desde a
infância, só fazem seus tratamentos homeopáticos. Embora muitos médicos falem
que essa medicina não é a orientação que se dá em todos os hospitais,
laboratórios, enfim, em toda a sociedade, entendo que a homeopatia vem da
natureza e é justamente ela que pode fazer com que a nossa saúde seja
preservada. Eu acredito muito nisso.
Quero cumprimentá-la
por seu trabalho e dizer que a homeopatia é uma solução prática que pode
atender todas as comunidades, com custo muito baixo, e assim termos uma saúde
adequada para todos. Parabéns!
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. DJ Cassiá
reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Dr.
Raul Torelly está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DR. RAUL TORELLY: Sr. Presidente, por
delegação da Bancada do PP, do seu Líder, João Antonio Dib, do Ver. João Carlos
Nedel, Ver. Beto Moesch, quero saudar a Drª Elisandra Pezzetta, e dizer que a
sua competência e sua simpatia nos fizeram mais fortes hoje aqui, como a
própria homeopatia, que tem ajudado tantas e tantas pessoas na sociedade. Eu,
médico alopata, digo que trabalhamos mais na base do medicamento, da conversa,
da relação médico-paciente, mas também reconhecemos, ao longo de todo esse
tempo, o trabalho dos homeopatas, sejam eles médicos, médicos-veterinários,
farmacêuticos, odontólogos, enfim, acreditamos que estamos aí para unir nossos
esforços para melhorar a vida do ser humano, e do próprio animal, como é o caso
dos médicos-veterinários.
A nossa saudação,
desejando-lhe sucesso, e que a Liga Homeopática do Rio Grande do Sul progrida
ao longo dos anos, como tem progredido.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Toni
Proença está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente; Drª
Elisandra Pezzetta, em nome da Bancada do PPS, em meu nome, do Ver. Paulinho
Rubem Berta e do Ver. Elias Vidal, que estão numa representação fora da Casa,
quero lhe desejar muito sucesso nesse trabalho da Liga; e dizer que a
homeopatia é, na verdade, tratar as doenças naturais pela forma mais natural
possível. Isso tem obtido muito sucesso, como o depoimento que fez aqui o Ver.
Oliboni, porque todos nós temos na família alguém que se socorreu da homeopatia
para curar males que nem sempre os remédios farmacêuticos conseguem tratar.
Além de tratar a doença, a homeopatia também trata o comportamento de vida, um
modo de vida, e, por isso, deve ser saudada. Parabéns a todos que compõem a Liga
Homeopática. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Passamos a
palavra à Drª Elisandra Pezzetta, para suas considerações finais.
A SRA. ELISANDRA PEZZETTA: Foi muito bom
ouvir tudo o que os Vereadores falaram, e eu concordo com eles. Além de tudo, a
homeopatia tem a questão de não deixar resíduo, e eu, como veterinária, também
me preocupo muito com a saúde humana, Então, tratamos o animal que vamos
consumir depois - o gado com o leite; e há os ovos... Então, o tratamento com
Homeopatia é muito nobre, pois não temos o resíduo no leite. Consequentemente,
ingerimos alimentos muito mais saudáveis que não irão nos prejudicar.
Realmente, a
homeopatia trata o organismo como um todo, trata o binômio corpo-mente, levando
o indivíduo ao equilíbrio. Então, é uma terapêutica superampla, muito benéfica
e de baixo custo.
Agora estamos lutando
também para ressaltar a homeopatia no SUS. Já existe a Portaria, mas estamos
pedindo que coloquem médicos homeopatas à disposição da população. Obrigada.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Obrigado, Drª
Elisandra. A sua presença nesta Casa é muito importante, porque se trata de
Saúde pública, e todas as Bancadas foram solidárias à senhora e à sua causa.
Obrigado pela sua presença.
Suspendemos os
trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os
trabalhos às 14h40min.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cássia – às 14h41min): Estão reabertos os trabalhos.
O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. DJ
Cassiá; Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras. Há alguns dias eu fiz
aqui uma reclamação. E em razão dessa reclamação, o meu amigo Ronaldo Leite, do
Sulpetro - eu havia ficado brabo com eles -, tem me fornecido imensa quantidade
de material sobre o preço do combustível no Brasil.
Eu ainda continuo com
a mesma pergunta. Eu disse que o Ministro Mantega, cujo nome não tem acento
circunflexo, então é “mantêga” - assim pronuncia o Senador Roberto Requião, e
eu fico com o Senador -, deslizando por aí, reclamava que tinha que aumentar o
preço da gasolina; a Presidente da República disse que não tinha que aumentar o
preço da gasolina, ou seja, do combustível, mas especialmente da gasolina. Eu
continuo recebendo dados e continuo não entendendo! Talvez o Ver. Professor
Garcia consiga me explicar, porque há alguns anos o Vereador ia à tribuna e
reclamava insistentemente contra o preço da gasolina na praia, que era um
assalto aos porto-alegrenses - e nós devemos nos preocupar mesmo é com os
porto-alegrenses. E eu ficava ouvindo e dando razão ao Ver. Garcia, mas agora
nem o Ver. Garcia tem razão, porque ontem eu vinha de Santa Catarina, mandei
abastecer o carro, paguei pelo litro da gasolina aditivada R$ 2,88. Cheguei em
Osório, na praia, R$ 2,80; entrei em Porto Alegre, no primeiro posto de
gasolina, o valor estava R$ 3,10.
Com todo esse
material que o meu amigo Ronaldo tem me fornecido, com todas as informações
trazidas, eu não consigo entender! Não conseguem explicar
por que essa variação de R$ 2,80 a R$ 3,10. Talvez o Ministério Público, que
ataca tantas coisas pequenas... Talvez essa seja muito importante, porque o
número de automóveis circulando na cidade de Porto Alegre é impressionante, e
todos eles estão pagando um preço que ninguém consegue me explicar. Até dentro
de Porto Alegre há variação de preços, nem todos estão a R$ 3,10, tem por
menos. Mas, até hoje, espero que o meu amigo Ronaldo consiga me dizer, por que
em Santa Catarina, que não tem refinaria, cobram R$ 2,88? Por que em Osório -
está certo, está perto do terminal da Petrobras, mas a refinaria está a 10 km
de Porto Alegre - cobram R$ 2,80? E aqui, por que vendem a R$ 3,10? Qual a
diferença? Aqui vendem mais combustível do que lá! Aliás, na Estrada do Mar, o
valor também é R$ 2,80; R$ 2,799. Então, eu queria que isso me fosse explicado,
porque eu acho que o povo porto-alegrense está sendo lesado pelos postos de
combustível que estão fixando o preço a seu bel-prazer.
Essa história de
faltar álcool - e o Governo havia autorizado acrescentar mais 1% de água no
álcool anidro para compensar o preço - não está valendo mais, porque as usinas
de cana-de-açúcar já estão produzindo álcool - até um caminhão transportando
álcool já fez acidente numa das estradas brasileiras. Então, não é esse o
problema. Eu preciso que me expliquem - talvez o Professor Garcia consiga me
explicar - por que lá na praia o combustível é mais barato do que aqui em Porto
Alegre. Será porque lá tem menos veículos do que aqui? As informações que me
foram dadas pelo Sulpetro, até agora, não me convenceram, porque R$ 2,80 é
muito menor do que R$ 3,10. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. SEBASTIÃO MELO: Presidente, pelo
carinho que eu tenho ao meu Líder do Governo, se Mantega é “mantêga”, V. Exª,
então, é “antonío”, e não Antonio Dib, porque também não tem acento. Eu apenas
queria fazer esse registro.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, eu aceito a explicação do Ver. Sebastião Melo, mas eu quero dizer que
o Ministro “mantêga” é muito mais moço do que eu, porque, quando eu nasci, não
tinha acento circunflexo, mas quando o “mantêga” nasceu, tinha.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Feito o
registro.
Passamos às
O Ver. Engenheiro
Comassetto está com a palavra em Comunicações.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente,
Ver. DJ Cassiá; meus colegas Vereadores, Vereadoras, senhoras e senhores, como
hoje é o Dia da Educação, e aproveitando que temos algumas lideranças do
Extremo-Sul no plenário, entre elas a France, quero dizer que tivemos o prazer
de ontem ver homologada aqui a Emenda que aprovamos pela criação de uma escola
infantil no Extremo-Sul. Faço isso, porque, com as lideranças que estão aqui,
do Orçamento Participativo, temos que lutar para efetivá-la. Nós fizemos uma
análise, Ver. Pedro Ruas, de todas as emendas que a oposição aprovou nesses
últimos sete anos, 98% delas não foram realizadas, nosso prezado e querido
ex-Vereador Valdir Fraga, que assessora aqui o Prefeito. Portanto, acho que
esta Câmara e seus Vereadores têm que fazer essa análise, e no Orçamento,
quando se apresenta emenda e quando ela é aprovada e homologada tem que ser
executada, senão é uma brincadeira. Então, hoje, com é o Dia da Educação, quero
fazer este registro para que possamos aqui, com a efetivação da emenda, ontem,
que cria a possibilidade de criação de uma escola de ensino fundamental no
Extremo-Sul, pois é um dos vazios educacionais que temos em Porto Alegre.
O segundo tema que quero tratar aqui, é o grande
debate que temos feito na CUTHAB - fizemos na última terça-feira - sobre um
Projeto que foi acolhido aqui nesta Casa, na Revisão do Plano Diretor, que
nasceu no ano de 2000, sobre a criação do Parque do Gasômetro, cujo Movimento
Viva Gasômetro é coordenado pela nossa amiga - digo nossa amiga, porque ela já
ocupou, nesses últimos cinco anos, oito vezes a Tribuna Popular aqui; ela
dialoga com todos os Vereadores e com todas as Bancadas - Jacqueline
Sanchotene. Fizemos um debate espetacular, com a presença do Governo do Estado,
com a Casa Civil e a Secretaria de Turismo, para tratar do Projeto do Parque
Gasômetro, que significa incorporar toda a relação da Usina do Gasômetro com as
praças que ali existem, com o rebaixamento daquela pista.
Ver. João Antonio Dib, foi um debate que fizemos
aqui na Revisão do Plano Diretor, a proposta do Parque Gasômetro, aceita e está
incorporada, e a Secretaria do Planejamento tem até 18 meses para elaborar esse
Projeto. Na última terça-feira, fizemos esse debate e fizemos questão de
convidar o Governo do Estado, porque é quem está tratando do Projeto da
Revitalização do Cais. E a Revitalização do Cais tem continuidade com a Usina
do Gasômetro. Portanto, não dá para nós tratarmos, Ver. Elói, esses Projetos
distintos um do outro, o Cais, a Usina e o Parque, que se propõe criar na
continuidade, tem de estar integrado urbanística e arquitetonicamente. Então,
essa reunião da CUTHAB é importante.
Mas o que me ocasiona surpresa, Ver. Cecchim, é que
recebemos, hoje, pelas redes sociais, um desagravo do nosso colega Vereador e
Secretário da SMIC, Valter Nagelstein, dizendo que nós estamos trabalhando em
seara alheia; de que esse é um Projeto de sua autoria, que foi ele que fez, e
não sei o que mais. Eu desconheço qualquer trabalho do Ver. Valter Nagelstein
relacionado ao Parque do Gasômetro. E têm vários Vereadores aqui que trabalham
o tema - o Ver. Pedro Ruas, o Ver. Beto Moesch, o Ver. Toni Proença - e já se
envolveram com o debate do Parque do Gasômetro.
O Ver. Valter Nagelstein vai para as redes sociais
dizer que este Vereador está copiando o seu Projeto. Bom, ele deveria olhar os
Anais, porque foi a proposição que nós fizemos aqui no Plano Diretor, aceita
pelo Relator Luiz Braz, e aprovado pela unanimidade da Casa. Agora, no momento
em que é aprovado, é claro, não é mais de ninguém, é da cidade de Porto Alegre.
E nós estamos lutando, agora, para efetivá-lo, para tornar realidade, assim
como fizemos um debate, outro dia, na Rádio Bandeirantes, e o Ver. Nagelstein
estava criticando o Ver. Cecchim, porque ele teria copiado dele o Projeto das
garagens subterrâneas. Bom, eu também desconheço que o Ver. Valter tenha feito
esse Projeto.
Então, eu queria fazer esses dois registros aqui e
mandar um abraço ao Secretário Valter Nagelstein que certamente tem muito
trabalho para fazer lá naquela Secretaria em prol da Cidade. Um grande abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Mario Fraga.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Presidente DJ, saúdo os meus colegas Vereadores, e
o nosso Vereador mirim, o Ver. Arthur, filho do Nilo; bem-vindo à nossa Casa.
Bom, eu não vou falar hoje disto, mas, na semana
que vem, eu quero falar do “pacotarso”, que é o pacote, Ver. Pedro Ruas, bem
embrulhado do nosso Governador, que criou até agora, a cada quatro horas, um
CC; não, agora é a cada quatro horas e meia, porque eu fiz o cálculo há uma
semana, duas semanas. Vem um pacotão aí, e nós queremos conversar um pouco
sobre isso, porque eu acho que é importante a população saber; acho que o Brasil
precisa ter oposição, tanto aqui como no Governo Federal. A oposição faz bem à
democracia.
Ontem eu ouvi atentamente V. Exª, Ver. Cecchim,
falar sobre uma matéria sobre a qual também quero falar. Acho que esta Casa,
Ver. DJ, tem feito muitas audiências públicas, mas se há uma audiência pública
que acho tem que sair para anteontem é a questão envolvendo o Aeroporto Salgado
Filho, não na sua ampliação, mas especialmente às leis federais que dizem
respeito às alturas e ao sombreamento do som também. Eu recebi em meu gabinete,
ontem, os empreendedores lá da Rua Dona Alzira, da Rua em que V. Exª mora, Ver.
Cecchim, e V. Exª conhece aquele loteamento aonde eles foram, quando o
Fortunati ainda era Secretário do Planejamento. Ver. Elói, eles percorreram
todo o caminho e receberam um carimbo deste tamanho, dizendo: “Aprovado o
Projeto”. Eles fizeram todo o investimento, as
contrapartidas que a Prefeitura exigiu; fizeram o assoreamento do riacho,
fizeram o arruamento, fizeram a praça, e, agora, quando foi para comercializar,
a Prefeitura não autoriza, porque consta na Lei da ANAC que ali não pode ter
construção residencial. Quer dizer, pega-se, por exemplo, a Av. Carlos Gomes,
onde há edifícios de quinze, dezoito andares, Ver. Beto; o sujeito comprou um
terreno numa regra do jogo jurídico, sabendo que podia construir naquela
altura. Aí vem a Lei Federal, onde consta que só pode construir oito andares.
No entanto, eu chego à cabeceira do Aeroporto Salgado Filho, e há um posto de
gasolina que jamais poderia estar ali. Aliás, eu tenho uma vontade... Quando eu
era da oposição aqui, no meu primeiro mandato, eu pedi uma informação para
saber por que liberaram aqueles postos. Mandaram-me um processo grande lá da
SMOV, da SPM, e sabem que não havia página numerada? Como é que não há página
numerada num processo? Pois eu quero dizer a vocês que eu manuseei isso.
Então, um aeroporto é
importante para a vida da cidade, para todas elas. Por quê? As cidades foram
crescendo de forma desordenada, e os governos permitiram a construção no
entorno. Eu espero que o Governo do Estado e os Prefeitos da Região
Metropolitana tenham juízo, Ver. Beto, porque ainda há tempo, porque ainda há
algumas áreas em que se pode gravar alguma área para daqui a trinta anos.
Senão, vai acontecer como as empresas de ônibus hoje em Porto Alegre. Hoje, não
há local para fazer garagem de ônibus em Porto Alegre, Ver. Dib, por quê?
Porque o Plano Diretor simplesmente não gravou isso.
Então, acho que esta
Casa tinha que fazer uma Audiência para trazer aqui o V Comar, trazer o
Ministério Público, os moradores do entorno, trazer todo mundo - ou pode ser
até lá, melhor que seja lá -, porque essa discussão está absolutamente torta.
Ou seja, a Prefeitura, que na verdade é responsável por gerir a questão do
planejamento urbano, e nós, Vereadores, que votamos as leis. Eu quero respeitar
a questão federal, mas não posso respeitar da maneira como isto está colocado,
quer dizer, a Prefeitura aprova num dia, o sujeito investe no outro dia, mas
não pode comercializar? Mas qual é a segurança jurídica que há? Quer dizer, no
bairro Lindoia pode ter um prédio alto, mas mais para frente não pode ter? Mas é porque
no Lindoia já estava construído! Então, que negócio é esse? Eu estou querendo
compreender, pois ainda não compreendi, sinceramente. Quero me convencer e
quero ser o primeiro aliado disso. Mas do jeito que está, diria, está muito
ruim!
Nós, Ver. Beto, revisamos o Plano Diretor, e não há
Plano Diretor ideal em nenhum lugar, em nenhuma cidade do mundo. Há
divergências enormes de interesses. Tivemos alguns avanços importantes, mas
acho que temos as Áreas de Interesse Cultural, que é uma pendência enorme,
porque eu não posso olhar para um 4º Distrito morrendo à mingua; ver o Teatro
Presidente, quer dizer, o Cine Astor, que, amanhã ou depois, vai deixar cair na
cabeça de alguém aquela marquise. Eu não posso tirar aquela marquise, porque
ela está listada. Olha, eu acho que uma Cidade que não preserva o seu passado
não tem futuro, mas eu tenho que trabalhar isso num processo de razoabilidade.
Com relação ao Aeroporto Salgado Filho, com relação
a essas duas matérias que envolvem a ANAC e o V Comar, que são a altura e o
sombreamento da curva de som, eu quero me somar àquilo que disse o Cecchim, que
é daquela região; o Ver. Elói é vizinho ali, e a Verª Maria Celeste, são
Vereadores da Cidade, mas que estão ali muito focados naquela região. Eu acho,
Sr. Presidente, que cabe uma articulação, uma reunião para debater com
profundidade o tema, e, se for necessário, até podemos fazer uma reunião em
dois tempos: quem sabe num sábado ou à noite; que venham as pessoas de
Brasília, que venham os Coronéis, que venham, enfim, todos eles, e que a gente
possa discutir e encontrar um caminho de razoabilidade nessa matéria. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Toni Proença está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores,
tem razão o Ver. Sebastião Melo: é preciso haver - já que ele falou em
sombreamento - um clareamento das possibilidades. Eu quero lembrar que nós
recebemos aqui o Comandante do V Comar, durante o período em que discutimos o
Plano Diretor, e ele foi bem claro - V. Exª era o Presidente da Casa e foi um
dos que propiciou esse debate -, dizendo que Porto Alegre deveria se preocupar
em preservar e proteger a aproximação e o afastamento de aeronaves; que nós
estávamos descuidando disso, e que Porto Alegre já tinha a exigência de um teto
mais baixo em 100 metros - lembro-me das palavras dele -, o teto para
aproximação em Porto Alegre era de 500 metros, baixou para 400 metros, em
função da autorização para construção de vários prédios em locais não
recomendados pelo V Comar. Eu lembro também que, durante esse debate, muitos
usaram como argumento para se - eu diria - desconsiderar essa precaução do V
Comar; de que isso era uma matéria a ser decidida pelos engenheiros, pelos
técnicos da Prefeitura Municipal. Metemo-nos num grande imbróglio, Ver. Sebastião
Melo e Ver. Idenir Cecchim, que vêm aqui reclamar, porque aprovamos e
licenciamos os projetos e depois não se dá o habite-se para os prédios. Temos
dois problemas, onde poderíamos ter um só. Nós, agora, temos dois problemas: os
prédios liberados, licenciados, e o problema de aproximação do Aeroporto. Quer
dizer, nós, todos desta Cidade, nos metemos nessa encrenca. Além disso, nós
ainda temos algumas questões a resolver na ampliação do Aeroporto. O Ver.
Sebastião Melo faz parte da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos
e Segurança Urbana, na qual recebemos inquilinos da Vila Jardim e Floresta,
cujos proprietários dos prédios foram indenizados: receberam o recurso e
deixaram os inquilinos para trás. Hoje nós temos 42 inquilinos que estão lá,
que têm que ser despejados de uma hora para outra, e a Infraero diz que vai
cumprir os prazos. Na nossa reunião ficou bem claro: os prazos, para alguns, já
estão vencendo; para outros, nem começaram ainda, e eles dizem que não podem
mais dar prazo para conseguir construir a solução. Nós fizemos uma tentativa e
fomos muito recebidos pelo Juiz Federal que cuidou do caso. Estamos fazendo um
apelo ao Governo Estadual no sentido de que nos auxilie a dar solução para
esses 42 moradores. Não é só pelo problema dos moradores, que já é
muito grande e tem que ser prioritário, mas se esses moradores não saírem de
lá, a obra de ampliação do Aeroporto não começa, e aí nós ouvimos todo o resto
que todos nós já ouvimos.
Portanto, é muito oportuna essa sua sugestão. Acho
que nós temos que fazer, sim, uma Audiência Pública, e, mais do que isso, fazer
um grande debate, cujo assunto iniciou aqui com a provocação do Ver. Idenir
Cecchim, para que essas questões sejam solucionadas de vez. Eu me lembro da
fala do Comandante do V Comar. Ele disse que o local adequado para um aeroporto
com grandes aeronaves é Eldorado do Sul, não é mais Porto Alegre. E nós vamos
perder em arrecadação, em empregos, em turismo; vamos perder muito. Por isso,
fizemos todos o esforço de ampliar o nosso Aeroporto, a pista, para que
possamos receber aeronaves mais carregadas e maiores, e a tendência da aviação
civil é de aeronaves cada vez maiores. Não podemos deixar passar essa
oportunidade que Porto Alegre está tendo agora, mas também temos que nos debruçar
para que os investimentos feitos em Porto Alegre, pelos quais todos nós lutamos
muito, porque geram emprego, renda e melhoram a nossa economia, não fiquem,
depois de o investimento feito, parados por falta de habite-se, porque não
houve antes a precaução de licenciar o que pode ser licenciado e se discutir o
que pode ser construído, sem prejudicar a operação do Aeroporto. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(A Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo da Verª Fernanda Melchionna.
O SR. PEDRO
RUAS: Presidente da Casa e da Sessão, Sofia Cavedon; Vereadoras, Vereadores,
nós temos uma tradição de luta do PSOL, e sei que alguns setores, muitas vezes,
confundem a nossa posição contundente de enfrentamento em determinados temas
como uma oposição intransigente. Eu acho que somos radicais, sim, no PSOL, mas
não somos intransigentes. Reconhecemos - e já tive oportunidade de falar isso -
diversos méritos no atual Governo, e até gostaria, Ver. Sebastião Melo, João
Dib, meu caro Líder do Governo, de dizer que, no Governo que se iniciou com o
Fogaça e que será concluído com o Fortunati, nós tivemos uma Secretaria de
Indústria e Comércio chefiada, por um bom período, pelo Ver. Idenir Cecchim, e,
naquele período, eu recebi algumas demandas importantes da população. Recordo
bem de uns índios equatorianos que tiveram problemas para apresentar a sua arte
em Porto Alegre; recordo bem de uma família que dependia de uma única pessoa
que trabalhava vendendo pipoca e precisava de licença; e outras demandas que
levei ao Ver. Cecchim. Lembro que nenhuma delas levou mais de 48 horas para ser
resolvida, aliás, uma delas na hora da audiência. Acho que esse registro é
importante, não podemos deixar passar em branco, Ver. Cecchim, ainda mais
quando, eventualmente, V. Exª pode ter alguma divergência com a atual
titularidade da Secretaria, eu quero deixar clara a nossa posição de oposição
ao Governo, respeitando o trabalho de Vossa Excelência.
Com relação ao Prefeito Fortunati, eu gostaria de
reiterar, meu caro sempre Presidente Ver. Valdir Fraga, eu já falei sobre esse
tema: nunca os Prefeitos enfrentaram a ATP na questão do transporte
hidroviário. Nunca! É uma tradição em Porto Alegre, lamentavelmente. Pois o
Prefeito Fortunati já fez dois movimentos sérios e importantes nesse sentido,
aliás, com a colaboração decisiva do Ver. Dr. Thiago. Eu quero registrar que
estamos acompanhando com atenção e com elogios a atuação do Prefeito Fortunati
quanto à criação do transporte hidroviário de passageiros, ligando a Zona Sul
da Cidade ao Centro, e vice-versa. Estamos acompanhando com elogios. Sabemos
que é um trabalho técnico e também de coragem política, que até o momento está
tendo S. Exª, e recebe o nosso incentivo nesse sentido.
E não posso deixar de dizer também - e aqui
agradecer ao Valdir Fraga -, meu caro Líder do Governo, João Dib, que temos uma
casa em Porto Alegre, de religião afrodescendente, chamada Reino de Oxalá,
dirigida há 52 anos pelo senhor conhecido como Pai Cleon, uma pessoa das nossas
relações, que respeitamos, mesmo sem sermos religiosos e sem termos essa
relação que ele tem, nós o respeitamos como uma questão cultural da Cidade,
Ver. Toni Proença. Pois havia um traçado de perimetral, de rua nova ou de
avenida em Porto Alegre que atravessava pelo meio o Reino de Oxalá. Eu duvido,
Ver. Oliboni, que se fosse uma igreja católica tradicional, com mais de meio
século, como é o caso, se iria ocorrer tal hipótese de uma avenida tirar fora
aquela casa de religião popular. Fui ao Prefeito Fortunati - o Valdir marcou a
audiência -, com o Ver. Pujol, com a Luciana Genro, com a Fernanda Melchionna,
com o Roberto Robaina, e fomos muito bem atendidos, inclusive com o Secretário
Newton Baggio, que fizeram a correção do traçado e mantiveram intacto o Reino
Oxalá. São registros que não podemos deixar de fazer.
Então temos, sim, oposição dura em muitos aspectos,
mas nunca se enganem: nós estamos muito atentos àquilo que é realizado de
correto; elogiamos, eu não tenho nenhuma dificuldade em fazer qualquer tipo de
registro dessa natureza, nesta tribuna. E, sempre que for necessário, preciso
ou correto fazer, o farei. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores e Vereadoras,
público que acompanha esta Sessão neste momento, eu queria me dirigir ao Líder
do Governo, Ver. João Antonio Dib, e peço a atenção do ex-Secretário e colega,
Ver. Idenir Cecchim, porque é um assunto que trata da Secretaria de que V. Exª
foi Secretário recentemente.
Nós tivemos, antes da Páscoa, a Feira do Peixe aqui
em Porto Alegre. O Governo Municipal licitou a segurança, Ver. Pedro Ruas, para
a Feira do Peixe, e essa empresa de segurança que ganhou a licitação, contratou
uma outra empresa para fazer o trabalho. Essa outra empresa, Ver. João Antonio Dib,
não pagou aos seguranças.
Eu estava, há pouco, no nosso quiosque da Câmara,
lá no Mercado Público, e um grupo de cidadãos me procurou para interceder junto
à SMIC - e portanto estou fazendo este apelo da tribuna - para que possa ser
paga a diária de R$ 45,00 desses cidadãos, cuja lista está comigo, com nome,
endereço e telefone de todos eles - são 14 seguranças -, possivelmente junto ao
Secretário Valter Nagelstein, pelo qual tenho apreço, e que provavelmente não
sabe disso. Segundo esses trabalhadores, Ver. Idenir Cecchim, recebidos pelo
Cláudio, da SMIC, este não quis dar maiores satisfações. Esses cidadãos
receberam parte do pagamento no dia 22 de abril; o restante era para ser pago
no dia 25 de abril - hoje é dia 28 -, portanto, nesta semana deveriam ter sido
pagos; não receberam. Vou fazer este apelo; caso não atendido, vou ter que
encaminhar algo desagradável para o Governo, no Ministério Público, e que essas
empresas sejam acionadas. Mas tenho a certeza da sua sensibilidade, nobre Ver.
João Antonio Dib, Líder do Governo, possa viabilizar o pagamento, com um
telefonema para o Prefeito ou para o Secretário da SMIC, para nós não termos
que interferir, como Câmara de Vereadores, porque, segundo esses cidadãos - vou
lhe passar a lista com o nome e o telefone -, eles não receberam a
integralidade do pagamento. Receberam uma parte no meio da semana em que
aconteceu a Feira. É um registro que faço da tribuna, a pedido desses
trabalhadores, porque, em princípio, Ver. Cecchim, V. Exª que tem experiência,
uma vez que uma empresa de segurança ganhou a licitação para dar segurança à
Feira do Peixe, essa empresa não poderia convidar ou contratar uma outra
empresa, o que aconteceu, e, infelizmente, acabou lesando esses trabalhadores.
Possivelmente, o Governo chamará a empresa que ganhou a licitação e vai fazer
com que ela pague, em função de esta ter contratado uma empresa possivelmente
não idônea, porque não pagando os trabalhadores é uma empresa não idônea para
todos nós. É também uma atribuição dos Vereadores fiscalizar esse tipo de
trabalho. Portanto, peço aqui a sensibilidade do Governo para verificar essa
demanda, vinda agora, recentemente, numa ação junto ao nosso quiosque do
Mercado Público.
Outro assunto de que quero falar é com relação ao
Programa do Governo Federal de enorme repercussão e que tem sido um programa de
inclusão. Vejam, pelos números, o quanto é importante o Programa que dá
medicação gratuita nas farmácias populares para aqueles cidadãos e cidadãs que
têm hipertensão ou são diabéticos. No início de janeiro nós tínhamos, aqui no
Estado, 131 mil pessoas cadastradas; já em março, eram 216 mil pessoas. Lá em
janeiro, nós tínhamos, em todo o País, um milhão, 258 mil, 466 pessoas
cadastradas; já temos, em março, dois milhões, 105 mil, 814 pessoas cadastradas.
Isso prova claramente que foi uma ação muito acertada, porque são milhares os
cidadãos hipertensos ou diabéticos que não tinham acesso à medicação, e agora
têm - possivelmente muitas e muitas vidas estão sendo salvas. Parabéns ao
Governo Dilma; é uma ação muito especial, por isso tenho certeza de que terá o
apoio de todos brasileiros, inclusive para outras medidas, estendendo
medicamentos para outras patologias em que são fundamentais, para as quais
muitos cidadãos ainda não têm acesso à medicação. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Haroldo de Souza.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Srª Presidente, Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, Verª Fernanda, a coincidência de eu e o Ver. Dib falarmos
quase que ao mesmo tempo não se deve à pressa de o Governo querer explicar
alguma coisa, até porque a fala do Ver. Oliboni foi muito educada - e ele está
no seu papel. Eu acho realmente que o Governo, nesse caso, Ver. Oliboni, vai
saber disso agora, porque os trabalhadores certamente tinham que procurar a
empresa, como fizeram, e o nosso Valdir Fraga já deve ter solução para isso.
Eu queria falar ainda sobre esse problema sério do
Aeroporto - o problema não é do Aeroporto Salgado Filho, não é da Infraero, que
é a estatal do Brasil mais atrasada de todas, a mais incompetente de todas. Eu
não estava aqui no dia em que o Comandante do V Comar esteve aqui e disse, como
uma ameaça velada, que o lugar do aeroporto não seria em Porto Alegre, seria lá
em Eldorado do Sul. Eu quero dizer ao Comandante que eu não me assusto com
essas ameaças; sou Vereador de Porto Alegre e vou defender os interesses de
Porto alegre. Tenho muito orgulho da Aeronáutica, mas não sou comandado por
ela. Eu tenho que fazer aquilo que a população de Porto Alegre pede. O que está
acontecendo em Porto Alegre é um absurdo; não está prejudicando só
construtores. Esse prejuízo é da Cidade de Porto Alegre, até porque é um
absurdo. Eu já disse ontem, publicamente, e vou repetir aqui aos meus Pares: o
que o DAC, o Departamento de Aviação Civil, está fazendo é um deboche aos 36
Vereadores de Porto Alegre, que votaram o Plano Diretor. Não é possível que, em
nome de tentar resolver um problema que a própria Aeronáutica criou em São
Paulo, que permitiu a construção de um edifício na rampa de descida dos jatos,
lá no Aeroporto de Congonhas - o edifício do proprietário do Bahamas, que até
agora foi o único punido naquele acidente -, eles, querendo refazer tudo isso,
começaram a complicar com o cone de aproximação do Aeroporto Salgado Filho.
O Sr. Dr. Raul
Torelly: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver.
Cecchim, pelo aparte. Eu não poderia deixar de registrar que, na semana
passada, estivemos em uma reunião, que eu considerei de alta relevância, com o
Superintendente da Infraero aqui do Salgado Filho, onde estava também o
Superintendente Regional de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, em
função da nossa intervenção com a Secretaria da Copa de 2014. Fomos recebidos
de uma maneira extremamente competente e elegante pelo Superintendente, que nos
fez ver uma série de questões - não vou citá-las todas, porque são inúmeras;
envolvem várias intervenções que a Infraero está fazendo -, e, inclusive, a
Comissão se colocou totalmente à disposição para que, no que for possível, a
gente possa agilizar esse processo. Uma das questões que ele citou é que a
pista vai ser elevada em seis metros. Hoje ela tem 2.280 metros, vai para 3.200
metros, justamente para tirar o hipermercado Big da questão de risco. Então, o
Big vai ter que estar por baixo.
O SR. IDENIR
CECCHIM: É. Uma pena que a Infraero, o DAC, e todos viram isso só depois, a
Cidade já está aí. O Brigadeiro talvez tenha razão; não era aqui o lugar do
Aeroporto. Isso não cabe a nós planejar.
O Sr. Toni
Proença: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) O Brigadeiro, na
verdade, não fez nenhuma ameaça, não disse nada nesse sentido. O que ele disse
é que o descuido com relação ao cone de aproximação e da curva de som do
Aeroporto fará com que, no futuro, talvez tenhamos que mudar o Aeroporto daqui.
Esse é o problema. Está aqui o resultado: nós vamos ter elevar em seis metros a
altura da pista, porque nós permitimos que o Big se instalasse ali. E havia
outras alternativas. Foi a isso que eu me referi.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Mas certamente eles não tinham planejado ainda a extensão da pista.
Agora, todos os edifícios que já estão construídos...
(Aparte antirregimental do Ver. Toni Proença.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: Não ameaçou, mas disse uma bobagem.
Se ele não ameaçou, ele disse uma grande bobagem. Ele não conhece a Cidade
e não sabe o que está sendo construído. O que nós precisamos fazer é o que o
Ver. Sebastião Melo disse: nós temos que, os 36 Vereadores, enfrentar esse
problema. E enfrentar de uma maneira muito firme, seja onde for, pode ser lá no
V Comar, não tem problema nenhum. O que se discute aqui é a burrice de alguns
burocratas, não é a atitude da Aeronáutica, não é a Aeronáutica, não é o DAC
como um todo, mas alguns do DAC que estão lá encastelados em Curitiba e que
estão fazendo esse verdadeiro terrorismo, atravancando o progresso de
construções importantes na cidade de Porto Alegre.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em
Comunicações.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, meus senhores e
minhas senhoras, em primeiro lugar, eu quero dizer ao Ver. Engenheiro
Comassetto que eu tenho uma regra: eu acho que nós não devemos fazer emendas ao
Orçamento; nós devemos fiscalizar a execução orçamentária. E quem faz emendas
sabe que nem sempre será atendido, porque não há uma obrigação de elas serem
cumpridas. Mas eu tenho um caso que sai fora da minha linha de conduta: fiz uma
emenda ao Orçamento, em 1994. Era Prefeito S. Exª, Tarso Fernando, hoje
Governador do Estado. O Prefeito Tarso Fernando aprovou a Emenda, mas antes de
aprová-la, o Prefeito Tarso Fernando havia aprovado uma proposição deste
Vereador que dizia que o ano de 1995 seria o ano da identificação dos
logradouros, e a Emenda de 150 mil reais era para fazer a identificação dos
logradouros. Então, estava absolutamente correta, muito bem situada a Emenda, foi
aprovada pelo Prefeito, só que ele não identificou os logradouros. Então, é bom
o Ver. Comassetto saber que essas coisas ocorrem.
O meu amigo Oliboni, que cuida muito da Saúde,
agora passou a cuidar do Trabalho; é muita atividade para um homem só, Ver.
Oliboni! O que aconteceu é que ele tenta fazer uma espécie de denúncia à
Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, muito bem dirigida pelo Vereador
desta Casa, Valter Nagelstein. Feira do Peixe: a Secretaria Municipal de
Indústria e Comércio tem uma empresa terceirizada para segurança, fruto de uma
licitação - fruto de uma licitação! -, diferente da empresa Reação, que foi
contratada pela Prefeitura, sem licitação, e depois de vencido o prazo do
contrato, recontratou a empresa, sem licitação. Bem diferente! Isso fez a
Prefeitura do Professor Oliboni. O que aconteceu? Eles contrataram - porque o
serviço era maior do que o normal - algumas pessoas que receberiam R$ 45,00 por
dia de trabalho, e elas teriam que ser pagas. Agora, a SMIC não tem nada a ver
com isto; a empresa contratada tem o direito de terceirizar, buscar mais gente
para uma eventualidade, e foi o que fizeram. Se a empresa não tinha o dinheiro
- porque a Prefeitura paga a cada trinta dias - para pagar no dia 25, vai ter
nos próximos dias. Mas a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio não tem
nada a ver com o problema, mas nada mesmo! Então, eu digo ao Ver. Oliboni que,
por mais atenção que ele tenha, está equivocado: a empresa terceirizou, a
empresa que pague. Ela está legal com a Secretaria Municipal de Indústria e
Comércio.
E para o meu amigo Sebastião Melo, eu quero dizer
que ele tem razão quando fala do Cine Teatro Orpheu, que depois virou Astor, e
ele confundiu com o Cine Teatro Presidente, que está lá inteirinho, sem
problema. Eu acho que aquela parede do Astor deveria ser demolida. Ontem mesmo
eu olhava, e acho que um dia vai acontecer um acidente. Essa história de Epahc,
Compahc tinha que ser mais realista, um pouco mais pés no chão, porque o que
acontece é que não se pode preservar o passado com risco para o futuro ou para
o presente. É o que acontece, por exemplo, lá na Rua Marechal Floriano com Rua
Riachuelo, de que muitos Vereadores desta Casa já reclamaram, mas a Epahc e o Compahc não deixam demolir. Um dia vai cair em cima de
alguém, e aí, então, eles vão dizer “mas que barbaridade, esquecemos de mandar
demolir as quatro paredes que estão lá e que não têm mais apoio”. Não há mais
telhado, não tem mais nenhuma amarração entre as paredes, não há nada, e, de
repente, vai ruir uma delas. Inclusive, os pedestres estão obrigados a
transitar pela Rua Marechal Floriano e pela Rua Riachuelo. Portanto, Ver.
Oliboni, V. Exª está preocupado com aquelas pessoas, e nós também...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereador Dib,
desculpe-me, conclua a sua frase final, que eu lhe cortei o microfone.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Não há problema,
nobre Vereadora-Presidente, eu agradeço a atenção de Vossa Excelência. Eu dizia
para o Ver. Oliboni que é legal; a empresa foi contratada dentro das normas de
licitação, dentro das normas da Lei nº 8.666, art. 24, mas, de qualquer forma,
provavelmente ela não tinha dinheiro para pagar essas pessoas no dia 25. Mas
terá no dia 30 ou no dia 1º, quando a Prefeitura pagar; eles receberão da
Prefeitura e pagarão. Pagaram parte, mas fazer disso uma causa de guerra aqui,
uma denúncia formal... Hoje era o dia de o Secretário da Indústria e Comércio
receber reclamações de toda sorte. Mas, como eu disse, Ver. Oliboni, eu vou
ouvir com atenção o aparte de V. Exª, já que eu estou falando no tempo do Ver.
João Carlos Nedel. (Pausa.) Desculpe, Ver. Nedel, eu pensei que V. Exª não
estivesse. Então, eu não posso lhe dar aparte.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O senhor está
em Comunicação de Líder, pelo Governo. Já está correndo mais um tempo, e
podemos considerá-lo em Comunicação de Líder, pelo Governo, pois o senhor havia
solicitado.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Vossa Excelência
disse que me dava um tempo para concluir a frase.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está bem.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Eu pensei que o Ver.
Nedel não estivesse presente. Então, eu paro.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem.
Sim, Ver. Oliboni.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre
Presidente, diante da manifestação do Ver. João Antonio Dib, eu quero fazer um
Requerimento a Vossa Excelência. Eu vou lhe entregar, então, uma relação das
pessoas. Por elas terem procurado um Vereador num instrumento da Câmara de Vereadores
para atendê-las no Mercado Público, eu não posso ficar sem dar o retorno para
elas. Peço a sua interferência; vou entregar o Requerimento a V. Exª para ligar
para o Valter Nagelstein. Tenho grande admiração pelo seu trabalho, e não disse
em nenhum momento que ele faz um trabalho ruim, pelo contrário, tenho uma
amizade muito boa com ele. Estou fazendo a reivindicação, educadamente, para
que ele chame a empresa que licitou o serviço, para que ela diga para a
Prefeitura - porque foram usados recursos públicos - quem é essa outra empresa
que ninguém quer dizer e que não quer pagar os trabalhadores. Vou, então,
passar o Requerimento a V. Exª, em nome da Casa, para falar com o Secretário.
Agradeço pela atenção.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, acho
que é impróprio o Requerimento de S. Exª, o Ver. Oliboni. Qualquer Vereador
pode falar com o Secretário. Se ele quiser, vou lhe dar o número do celular do
Secretário. A Câmara não tem que encaminhar esse Requerimento.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Oliboni concorda e entrará em contato. Agora, é bem importante darmos esses
retornos do que recebemos na Ouvidoria, porque é a credibilidade da Ouvidoria
no Mercado Público e em todos os lugares que está em jogo. Agradeço aos
Vereadores por providenciarem o encaminhamento.
O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO FERRONATO: Srª Presidente, Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, nós - e a Presidente Sofia esteve
conosco - estivemos, ontem à noite, numa Audiência Pública na região do entorno
da Av. Tronco, para discutir as questões da obra da avenida que se pretende
executar para atender às questões da Copa do Mundo, e muito especificamente à
questão dos moradores daquela região, que estão bastantes tensos e preocupados.
Ontem, eu estava
vendo e lendo algumas notícias, e li que a ONU denuncia despejos e remoções
ilegais no Brasil, e há um estudo dizendo que Porto Alegre está incluída nele,
que se está quase que - entre aspas -, à força, removendo famílias para atender
às obras, indenizando com valores bem abaixo do valor pelos quais deveriam ser
indenizadas.
Meu caro Ver. Nedel,
nós tivemos a oportunidade de discutir isso diversas vezes. Minha cara
Presidente Sofia, eu saí ontem da reunião - uma belíssima reunião -, um
encontro bastante frequentado, em que todos que lá estavam se manifestaram
fortemente pelo não desejo de serem de lá retirados de um momento para o outro,
sem maior debate, discussão ou negociação, e sem saber para onde vão.
Eu quero dizer que
estou ao lado deles, e todos nós estaríamos, ricos ou pobres, se isso
acontecesse com a nossa casa. O que se discute lá é o que vai ser feito, para
onde vão aquelas famílias, como sairão de lá, e o que acontecerá com elas.
Então, parece-me que é
muito mais complexo para Porto Alegre a elaboração da obra da Av. Tronco do que
a obra do Aeroporto, que acho sairá com mais facilidade. Por quê? Porque lá nós
temos mais de mil e seiscentas famílias, muitas delas morando, residindo ali há
várias décadas, tendo nascido e se criado ali.
Portanto, o que é
preciso urgentemente fazer e encaminhar, caros Vereadores Dib e Nedel, é uma
visita lá - e o Executivo se comprometeu - para mostrar o que será feito, quais
e quantas famílias de lá precisarão sair, como acordar com eles uma saída que
seja positiva para a Cidade e também para as famílias. Portanto, o nosso
registro é de que a reunião de ontem foi altamente interessante. Mostrou a
indignação das pessoas, Ver. Todeschini, que - repito - não estão dispostas a serem
retiradas de lá meio que na marra. É preciso, sim, uma boa ...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói
Guimarães está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidente, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, se bem analisarmos o quadro de vivência do País e de Porto
Alegre, nós haveremos de entender que vivemos uma crise de segurança jurídica.
Nas diferentes órbitas de Poder, União, Estado e Municípios, essas grandes
entidades - e eu tive a oportunidade de ter alguma experiência fora da órbita
municipal -, a grande verdade é que há um descompasso, há uma disfunção
orgânica na arrumação da vida, por assim dizer, seja ela administrativa,
arquitetônica, etc., da Cidade.
Está sendo trazida ao
debate uma questão, Ver. João Antonio Dib, que reputo extremamente importante.
Quando 15 anos já se passam, dizia ao Governador Antônio Britto, quando ele
ali colocava a pedra fundamental da ampliação da estação de passageiros do
Aeroporto Salgado Filho, que as nossas esperanças desapareciam naquele momento.
E o Governador não entendeu muito naquela oportunidade. Eu falei para o
Governador que nós tínhamos uma luta histórica na Zona Norte de Porto Alegre,
que vinha de algum tempo, na tentativa de retirar, vejam bem, o Aeroporto
Salgado Filho de onde se encontra. Foram feitas várias proposições, há 15, 20
anos, para que fosse feito no rumo de Eldorado do Sul, em Guaíba, e também se
chegou a discutir o quadrante norte do Estado, Gravataí, etc. e tal. Eu dizia a
ele, na oportunidade, que as nossas esperanças caíram. Há 15 anos, fizemos
campanhas. Eu tive a oportunidade de participar de grandes discussões, quando
se faziam os testes de motor, vejam bem, nas oficinas da Varig e das demais
empresas aqui no Aeroporto Salgado Filho. Os testes de motor eram proibidos
aqui. Então, havia toda uma mobilização, todo um movimento no sentido de se
fazer com que o Aeroporto Salgado Filho saísse de onde se encontrava, de onde
se encontra, e fosse para um município em que houvesse espaço. O Aeroporto
Salgado Filho vem da década de 1930 e poucos, e a Cidade o cercou; ficou
cercado pela Cidade, pelas construções, e, a partir daí, começou a se gerar
problemas de toda ordem, que vão num crescendo, e hoje estamos com um impasse
seriíssimo na medida em que o Poder Municipal autorizou determinadas
construções que a Lei Federal veta pela proximidade das áreas, vamos dizer
assim, de som, das áreas próximas do Aeroporto Salgado Filho. Então, são
problemas de toda ordem, mas isso basicamente é o descompasso, a falta de
planejamento que reina e insiste em existir no nosso País, a falta de
articulação entre autoridades nacionais, regionais e municipais. Isso está nos
levando a uma absoluta insegurança jurídica.
Portanto, nós gostaríamos de deixar aqui esta nossa
manifestação. Eu vou continuar a falar sobre o tema em outro espaço, posto que
me inscrevi em Comunicações, mas o meu tempo está terminando, mas eu gostaria
de continuar analisando esta matéria, pela sua importância e pelos reflexos de
toda ordem que eles estão ocasionando aos moradores e, de resto, a uma série de
construções que se fez no local. Meu tempo termina, e eu volto em Tempo de
Liderança, quando oportunamente for chamado. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em
Comunicações.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, a
Frente Parlamentar do Turismo realizará, na próxima quinta-feira, às 8 horas, a
última etapa do nosso encontro de Mobilidade Urbana para a Copa e para o
Turismo em Porto Alegre. Nós já tivemos a primeira fase, na qual contamos com a
presença de alguns Vereadores. E eu gostaria de enfatizar a importância de,
quinta-feira pela manhã, entre 8h30min e 8h45min, Presidente, termos a sua
presença para iniciar os trabalhos.
Nós convidamos o arquiteto Jaime Lerner, mas não
estamos conseguindo a confirmação, estamos com algumas dificuldades de
comunicação. Irão falar o Secretário Luiz Fernando Moraes, dizendo o que ele
espera da mobilidade urbana para a Copa e para o turismo de Porto Alegre; o
Secretário Luiz Fernando Záchia, porque a SMAM tem algumas dificuldades para a
liberação da mobilidade urbana em certas áreas.
(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sim, aí é que está a importância da presença dos Srs. Vereadores, porque
a mobilidade urbana interfere em vários pontos, em vários detalhes. Também irá falar
o Secretário Municipal do Planejamento, nosso colega Márcio Bins Ely. Então,
fica aqui o convite.
O outro assunto é que a CEFOR, Ver. Airto
Ferronato, ilustre componente dessa Comissão, no dia 17 de maio, irá fazer uma
reunião especial sobre burocratização atrapalhando o desenvolvimento. Não é bem
esse o termo, mas vamos falar claro: a burocratização que entrava o nosso
desenvolvimento, porque essa é uma dificuldade muito séria. A gente vê
dificuldades na Prefeitura, pela falta de funcionários e por outras
dificuldades. Nós estamos numa evolução muito grande do setor imobiliário, mas
os projetos estão demorando lá seis meses, um ano, dois anos para serem
aprovados, porque há uma burocracia muito grande. Acho que está na hora de nós
fazermos um “tudo fácil” na Prefeitura, porque está ficando tudo muito difícil.
Um outro aspecto que eu gostaria de comunicar, e de
que nós vamos falar, é sobre o problema dos estacionamentos em Porto Alegre. Há
a falta de estacionamento, há também o assunto do estacionamento subterrâneo,
mas também há uma falta de fiscalização nos estacionamentos. Há uma Lei aqui do
Ver. Nereu D’Avila, que manda cobrar os espaços de meia hora, alguns estão
cobrando, outros não; outros, como me aconteceu há pouco, na primeira meia hora
é R$ 8,00 ou R$ 10,00, e a segunda meia hora é R$ 4,00 ou R$ 5,00. Então, essas
dificuldades nós temos que enfrentar na Comissão de Economia, Finanças,
Orçamento e do Mercosul.
O Sr. Adeli
Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Está muito bem
colocado, e acho que se nós conseguirmos trabalhar mais e melhor o transporte
coletivo de passageiros, nós também vamos desafogar o Centro de Porto Alegre.
Acho que esses são dois temas correlatos.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Obrigado, Srª Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Nedel, farei um grande esforço para abrir o
próximo Encontro da Mobilidade. O senhor está de parabéns; na primeira
quinta-feira, eu fui abruptamente retirada da sua atividade por algo mais urgente.
Prosseguimos o período de Comunicações com mais
seis inscritos. Nós não temos hoje uma temática, estava prevista a Feira
Internacional de Tecnologia, mas o Ver. Comassetto não conseguiu confirmar as
presenças. Na verdade, na próxima quarta-feira, teremos a presença das pessoas
que estão coordenando a iminente 1ª Feira Internacional de Tecnologia, que
acontecerá em Porto Alegre.
O SR. MAURO ZACHER (Requerimento): Srª Presidente, solicito verificação de quórum.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito a abertura do painel eletrônico para
verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Mauro Zacher. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Nove Vereadores presentes. Não há quórum.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 15h53min.)
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